O potencial fitogeográfico de Sergipe: uma abordagem a partir das unidades de conservação de uso sustentável

Resumo

Embora o Brasil disponha de uma das melhores legislações para tratar de seus recursos naturais, é freqüente a exploração inadequada de seus recursos florestais. A vegetação nativa encontra-se praticamente destruída em algumas regiões do país  e em outras esse processo vem se acelerando, por meio das queimadas e desmatamento irregular, trazendo uma série de impactos negativos para todos os envolvidos e para o meio ambiente. No Estado de Sergipe grande parte da vegetação nativa foi desmatada para atender as necessidades sócio-econômicas, restando na atualidade, remanescentes florestais que geralmente, encontram-se inseridos em Unidades de Conservação (UCs). Oficialmente, o Estado possui 15 UCs, sendo seis de Proteção Integral e nove de Uso Sustentável. Essa pesquisa foi realizada nas UCs de Uso Sustentável: uma Floresta Nacional; cinco Áreas de Preservação Ambiental; e três Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs). O trabalho teve como objetivo analisar os remanescentes florestais de Sergipe que estão inseridos em UCs de Uso Sustentável. A pesquisa foi efetuada a partir de levantamentos bibliográficos; de entrevista junto aos responsáveis pela gestão e gerenciamento das unidades, a saber: Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio); Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH); responsáveis pelas Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs); e de visitas in locu nas unidades a serem pesquisadas. Com os resultados da pesquisa pretende-se contribuir para melhorias na administração desses espaços  territoriais a partir da gestão participativa.