Distribuição geográfica das briófitas no Maranhão, Brasil: uma análise do conhecido para entender o desconhecido
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2023.101201Palavras-chave:
Cerrado, Fitogeografia, conservação da briofloraResumo
Analisamos a riqueza de espécies e densidade de coletas da brioflora maranhense e os principais vetores de pressão antrópica e indicamos as áreas prioritárias para novas amostragens visando a conservação das espécies. Elaboramos um banco de dados a partir da coleção de briófitas registrada no herbário Prof. Aluízio Bittencourt (HABIT), da Universidade Estadual do Maranhão/UEMA campus Caxias, além de coletas com registros de espécimes obtidos no Herbário Virtual, GBIF e SpeciesLink. A identificação das espécies e as informações sobre a distribuição geográfica foram confirmadas para os registros considerados nesse estudo, subsidiando as análises de riqueza (espécies) e densidade (ocorrência de coletas). Para a densidade de coletas utilizou-se o estimador de densidade kernel e para a identificação de áreas de endemismo foi utilizado o método de Interpolação Geográfica de Endemismo (IGE). Foram analisados 3.727 registros de coleta, observando que a maior parte das áreas do estado não possui registros de coleta de briófitas (65%). Em 35% das áreas coletadas observamos que o padrão de distribuição foi heterogêneo, com muitas áreas apresentando poucas espécies e poucas áreas apresentando muitas espécies. Apenas quatro áreas obtiveram densidade de coletas considerada boa, proporcionando áreas de endemismo de espécies. As atividades agrícolas são os principais vetores de ameaças para as briófitas no Maranhão. Recomenda-se que esforços de coleta sejam realizados para as regiões Norte, Oeste, Centro e Sul do Maranhão que apresentam áreas com baixo ou nenhum registro de briófitas.
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