Lodo de estação de tratamento de água: possibilidade de aplicação no solo
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2022.051701Palavras-chave:
resíduo, lodo de ETA, reciclagemResumo
A crescente demanda por água potável, devido ao desenvolvimento econômico e populacional, ocasiona aumento na geração do lodo de estação de tratamento de água (ETA), que é um resíduo sólido Classe II A e deve receber um destino adequado ambientalmente, conforme a legislação brasileira NBR 1004/2004. Uma alternativa sustentável de descarte é a aplicação do lodo como substituto ao solo, fertilizante ou adsorvente de metais pesados em solos degradados. Objetivando fornecer parâmetros para o reaproveitamento do lodo de ETA Santa Bárbara (LSB), de Pelotas/RS, o resíduo foi caracterizado físico-quimicamente e sua geração foi estimada. A partir das caracterizações, foi analisado seu potencial agronômico através da Resolução nº 498/2020 do CONAMA, seu potencial para adsorção de metais pesados, e possibilidade de uso em camada impermeabilizante e cobertura de aterros sanitários. A geração per capita do LSB, com teor de umidade de 94,96%, foi estimada em 315 L hab-1 ano-1. Os metais pesados presentes no lodo apresentaram valores abaixo dos orientadores legais, entretanto, a presença de Al e Fe pode imobilizar o P, nutriente necessário às plantas. O lodo apresentou capacidade de troca catiônica para servir como adsorvente de metais pesados na remediação de solos degradados, e apresentou matéria orgânica, macro e micronutrientes necessários ao desenvolvimento dos vegetais. Como camadas de aterros sanitários, o lodo precisa ser misturado a outros materiais com menores coeficientes de permeabilidade. A reciclagem do lodo de ETA em solos agrícolas, degradados e em aterros sanitários são alternativas promissoras de seu manejo sustentável e reduzem seu impacto ambiental.
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