A pesca de iscas-vivas no Arquipélago de Fernando de Noronha (PE-Brasil)

Autores

  • Gabriela Campos Zeineddine UNESP
  • Walter Barrella Universidade Paulista, Instituto de Ciências da Saúde, Av. Independência, 210, CEP: 18087-101, Sorocaba, SP, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-9038-7840
  • Matheus Marcos Rotundo Acervo Zoológico da Universidade Santa Cecília (AZUSC-UNISANTA). Rua Oswaldo Cruz, 266. Santos/SP. CEP: 11045-907 https://orcid.org/0000-0003-1886-5320
  • Milena Ramires Laboratório de Ecologia Humana, Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade de Ecossistemas Costeiros e Marinhos (PPG-ECOMAR) e Auditoria Ambiental (PPG-AUD), Universidade Santa Cecília (UNISANTA), Rua Dr. Oswaldo Cruz, 277, Santos-SP, CEP 11045-907. https://orcid.org/0000-0002-7686-0838

DOI:

https://doi.org/10.14808/sci.plena.2022.018001

Palavras-chave:

conflito, sardinha, pesca artesanal

Resumo

A pesca artesanal em Fernando de Noronha está diretamente relacionada com a pesca de iscas, pelo fato de os pescadores serem dependentes da mesma para realizar suas capturas de peixes maiores. Este trabalho objetivou caracterizar a pesca de iscas no arquipélago de Fernando de Noronha em relação às espécies de peixes utilizadas como iscas, modo de captura e destino das mesmas. A coleta de dados foi realizada através de questionários semiestruturados com o auxílio da técnica “bola de neve”. Os dados foram analisados qualitativamente e quantitativamente, buscando representar o consenso entre os informantes entrevistados. Foram entrevistados 69 pescadores de iscas, os quais utilizam a sardinha (Harengula clupeola) e o garapau (Decapterus macarellus) como principais espécies-alvo, em pescarias embarcadas ou desembarcadas. A sardinha é a isca mais utilizada, capturada com tarrafa, sendo mantidas vivas em compartimentos modificados nas embarcações conhecidos como “viveiros”, ou em baldes com água no caso de pescadores desembarcados. O garapau é utilizado quando os pescadores não conseguem capturar a sardinha, sendo pescado com linha de mão durante as noites escuras e conservado vivo também em viveiros. Alguns fatores interferem na captura de iscas, como por exemplo, a restrição de áreas o que, segundo os pescadores, pode prejudicar a atividade pesqueira e, consequentemente, a renda dos pescadores e abastecimento das demandas locais. As informações sobre biologia e ecologia das iscas utilizadas são escassas, o que torna imprescindível o desenvolvimento de estudos que possam guiar medidas de manejo para uma gestão efetiva destes recursos.

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Publicado

2022-02-17

Como Citar

Campos Zeineddine, G., Barrella, W., Rotundo, M. ., & Ramires, M. (2022). A pesca de iscas-vivas no Arquipélago de Fernando de Noronha (PE-Brasil). Scientia Plena, 18(1). https://doi.org/10.14808/sci.plena.2022.018001