Perfil das Farmácias Universitárias no Brasil: um estudo transversal

Carlos  Eduardo de Oliveira Pereira; Michelle Cançado Araújo Barros; Eduardo Henrique Ferreira Bambirra; Iderson Etielly Teixeira Santos; Isabela Fagundes Costa; Clarice Chemello

doi:10.14808/sci.plena.2025.024501

Autores

Carlos Eduardo de Oliveira Pereira UFMG https://orcid.org/0000-0002-7250-6110
Michelle Cançado Araújo Barros UFMG https://orcid.org/0000-0003-1951-9999
Eduardo Henrique Ferreira Bambirra UFMG https://orcid.org/0000-0002-1590-8500
Iderson Etielly Teixeira Santos UFMG https://orcid.org/0009-0002-4640-8581
Isabela Fagundes Costa UFMG https://orcid.org/0009-0004-7215-7805
Clarice Chemello UFMG https://orcid.org/0000-0002-1234-1561

DOI:

https://doi.org/10.14808/sci.plena.2025.024501

Palavras-chave:

educação em farmácia, farmácia escola, farmácia universitária

Resumo

A Farmácia Universitária (FAU) é um centro de saúde que oferece serviços farmacêuticos à população, desempenhando um papel crucial na formação prática de estudantes de farmácia, proporcionando experiências reais, integrando ensino, pesquisa e extensão. Foi realizado um estudo quantitativo descritivo transversal, no qual os dados foram coletados por meio de um formulário estruturado e analisados por estatística descritiva. O estudo contou com a participação de 59 FAU do Brasil, revelando que a maioria encontra-se no Sul e Sudeste do país, 69,5%, o que pode ser atribuído à concentração de cursos de farmácia nessas regiões. Cerca de 16,9% não ofertam estágio obrigatório, violando as Diretrizes Curriculares Nacionais, possivelmente devido à escassez de farmacêuticos supervisores. A infraestrutura da maioria das FAU atende aos requisitos legais e em relação aos recursos humanos, as FAU possuem em média sete colaboradores, sendo três farmacêuticos, que supervisionam em média nove estudantes. Os serviços mais comuns prestados são: educação em saúde (86,4%), dispensação (83,1%) e acompanhamento farmacoterapêutico (49,2%). Os procedimentos farmacêuticos mais frequentes realizados são: aferição de parâmetros clínicos (74,6%), prescrição farmacêutica (35,6%) e administração de injetáveis (16,9%). A pesquisa destaca a importância das FAU no ensino farmacêutico e na saúde pública, enfatizando a importância de se ter recursos humanos adequados para garantir a conexão entre teoria e prática. O conhecimento sobre as características das FAU impulsiona práticas de ensino alinhadas às demandas sociais, sendo fundamental para o desenvolvimento contínuo dessas instituições.

Biografia do Autor

Carlos Eduardo de Oliveira Pereira, UFMG

Profissional com experiência acadêmica em ensino, pesquisa e extensão. Formou-se como Doutor em Medicamentos e Assistência Farmacêutica pela Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); como Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da UFMG e como Farmacêutico generalista com ênfase em indústria farmacêutica pela Faculdade de Farmácia da UFMG. Atualmente é farmacêutico, servidor público, na Faculdade de Farmácia da UFMG, colaborador no projeto de desenvolvimento institucional para a implementação da Farmácia Universitária. Professor voluntário do curso de graduação em Farmácia na Faculdade de Farmácia da UFMG, com experiência no ensino por meio do desenvolvimento de competências utilizando metodologias ativas. Coordenador do projeto de extensão Educação em Saúde via Mídias Sociais desenvolvido na Faculdade de Farmácia da UFMG.

Michelle Cançado Araújo Barros, UFMG

Profissional com experiência acadêmica em ensino, pesquisa e extensão. Formou-se como Mestre em Ciências de Alimentos pela Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e como Farmacêutica com habilitação em Indústria farmacêutica pela Faculdade de Farmácia da UFMG. Atualmente é farmacêutica, servidora pública federal, na Faculdade de Farmácia da UFMG. Coordenadora do projeto de extensão Blog do Cemed e co-coordenadora do projeto Serviço de Informação Reativa do Centro de Estudos do Medicamento (Cemed/UFMG) e do evento Seminários do Cemed.

Eduardo Henrique Ferreira Bambirra, UFMG

Farmacêutico pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pós-graduando em Farmácia Oncológica e cuidado farmacêutico à pessoa com câncer. Atuou como estagiário de Farmácia Clínica no Grupo Oncoclínicas, prestando acompanhamento farmacoterapêutico e dispensação de quimioterápicos a pacientes oncológicos e hematológicos por quase 2 anos. É um dos coordenadores discentes na Liga Acadêmica de Pesquisa Científica (Faculdade de Medicina/UFMG). Foi estagiário de pesquisa no Centro Colaborador do SUS para Avaliação de Tecnologias e Excelência em Saúde (CCATES/UFMG), e bolsista no Centro de Pesquisas René Rachou (FIOCRUZ MINAS). Foi Monitor do departamento de Genética, Ecologia e Evolução (ICB/UFMG). Colabora em pesquisas na área de Farmácia Clínica, com enfoque no Acompanhamento Farmacoterapêutico e nas Farmácias Universitárias. E-mail: eduardobambirra@ufmg.br. | CRF/MG: 50.122.

Clarice Chemello, UFMG

Professora do departamento de Farmácia Social, Faculdade de Farmácia UFMG. Pós-doutorado no Programa de Pós-graduação em Farmácia da UFSC (2011-2013). Doutora em Farmacia Assistencial, pela Faculdade de Farmácia da Universidad de Granada, Espanha, com qualificação "sobresaliente cum laude". Possui graduação em Farmácia e Habilitação em Bioquímica-Análises Clínicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É membro do Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica (CTS31) e da Cátedra de Atención Farmacéutica da Universidad de Granada na Espanha, dos grupos CNPq de Epidemiologia e Centro de Estudos em Atenção Farmacêutica da UFMG. Tem experiência profissional em Farmácia Hospitalar e Assistência Farmacêutica, atuando principalmente nas seguintes áreas: Farmácia Clínica, Atenção Farmacêutica, Farmacogenética.