Hidrólise da biomassa da coroa do abacaxi por enzimas celulolíticas produzidas por Fusarium oxysporum
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2021.081512Palavras-chave:
Ananas comosus, enzimas celulolíticas, planejamento experimentalResumo
O desenvolvimento de enzimas de origem microbiana é de grande importância nas indústrias de processos bioquímicos. Dentre as enzimas de importância industrial, destacam-se as enzimas celulolíticas e xilanolíticas grandes responsáveis pela degradação do material lignocelulósico que costuma ser descartado pelo setor agroindustrial. Com objetivo de produção das enzimas CMCase, β-glicosidase, xilanase e β-xilosidase, foi utilizado o fungo Fusarium oxysporum em fermentação líquida usando biomassa pré-tratada de coroa de abacaxi como fonte de carbono. Visando otimizar a produção dessas enzimas os cultivos foram realizados por 168 horas, 30 °C a 180 rpm. A biomassa passou por um pré-tratamento em duas etapas, sendo a primeira submetida à 121 °C por 7 minutos, já à segunda foi acrescentado ácido sulfúrico diluído a 1%, na proporção de 1:5 (m/v), a 121 °C por 27 min. A caracterização parcial do extrato bruto apontou temperatura de 50 ºC como a mais satisfatória para ação dessas enzimas, e a faixa de pH ideal variou de 3.5 a 5.5. As hidrólises enzimáticas de coroa de abacaxi com e sem pré-tratamento, foram realizadas usando extrato bruto liofilizado (CMCase = 9,78 U/mL, β-glicosidase = 10,86 U/mL, xilanase = 27,90 U/mL e β-xilosidase = 0,018 U/mL). Para tal, foi realizado um planejamento experimental de Delineamento Composto Central Rotacional (DCCR). O qual foi possível avaliar o efeito e influência do pH, da concentração de biomassa e tempo de incubação na liberação de glicose no meio (R2>0,85); o pH e a biomassa (%) apresentaram efeito significativo sobre a liberação de glicose.
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