Caminhando com as Almas: a encomendação das almas no agreste sergipano

Autores

  • Magno Francisco de Jesus Santos Faculdade José Augusto Vieira

Resumo

Neste artigo temos o propósito de compreender o universo simbólico inerente às práticas penitenciais no município de Macambira, Sergipe. Liderados por Miguel e gildo, os grupos vagueiam pelas estradas nas madrugadas da quaresma. Tais grupos podem ser vistos como sinais de uma tradição que permanece viva na memória social da população macambirense. Neste ensejo, pode-se dizer que os penitentes representam um ele entre presente e passado. A pesquisa foi desenvolvida a partir do levantamento de fontes atinentes à temática, como fotografias, objetos de culto, indumentária e depoimentos orais. Por ser um movimento pertencente ao universo da religiosidade popular, a oralidade torna-se um instrumento indispensável na compreensão dos seus sujeitos, na interlocução de uma realidade permeada por misticismo, códigos de uma simbologia complexa e ainda pouco discutida. Trata-se, portanto, de uma realidade múltipla, intercalada de sujeitos e clamores, nos quais os personagens sofridos do cotidiano sertanejo reivindicam ao sagrado que sane as carências deixadas pelo poder público. Mais uma vez o divino é invocado para resolver as falhas humanas.

Biografia do Autor

Magno Francisco de Jesus Santos, Faculdade José Augusto Vieira

Graduado em História e mestre em Educação

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Publicado

2011-01-13

Como Citar

Santos, M. F. de J. (2011). Caminhando com as Almas: a encomendação das almas no agreste sergipano. Scientia Plena, 7(1). Recuperado de https://scientiaplena.org.br/sp/article/view/94