Caracterização morfológica, divergência genética e indicação de cruzamentos em pitaya

Resumo

O cultivo comercial da pitaia no Brasil é recente e, devido à carência de matrizes selecionadas, há ampla variabilidade fenotípica, observada na produção, tamanho e formato dos frutos e nas características físico-químicas. O desenvolvimento de variedades adaptadas aos diferentes agroecossistemas, com potencial agronômico, garantirá uniformidade de produção. Portanto, esta pesquisa objetivou a caracterização morfológica de 25 genótipos de pitaya, estimar a divergência genética e indicar cruzamentos biparentais. A pesquisa foi realizada em matrizes instaladas em um banco ativo de germoplasma localizado em Maragogi, Alagoas - Brasil. A avaliação das variáveis do cladódio demonstrou ampla variabilidade fenotípica, tanto nos descritores quantitativos, destacando-se o comprimento, com a formação de nove grupos pelo teste de Tocher, tendo o genótipo Boreal Red a maior média (127,0 cm), quanto nos descritores qualitativos, em que a textura rugosa do cladódio predominou em 68% dos genótipos. Nos frutos, a coloração da casca e da polpa apresentaram seis e oito grupos de similaridade, nos quais 44 e 68% dos genótipos apresentaram coloração rosa escuro e vermelho/roxo, respectivamente. O método PCA revelou que as variáveis ligadas ao fruto foram as mais importantes para a análise da divergência genética, que foi de alta magnitude, com a formação de sete grupos divergentes pelo método UPGMA, permitindo a indicação de cruzamentos entre os genótipos ‘Vermelha Colombiana x Boreal Red’, ‘Golden de Israel x Vietnamese White’, ‘Makisupa x Boreal Red’, possibilitando ganhos com maior heterose e progênies superiores.