Potencial do óleo fixo de algodão no controle da mosca-negra-dos-citros Aleurocanthus woglumi (Hemiptera: Sternorrhyncha: Aleyrodidade) e do ácaro-texano Eutetranychus banksi (Acari: Tetranychidae) no polo citrícola de Sergipe e da Bahia

Resumo

O principal polo citrícola do Nordeste compreende municípios do sul de Sergipe e do litoral norte da Bahia. Neste polo, o ataque de pragas como a mosca-negra-dos-citros (Aleurocanthus woglumi) e o ácaro-texano (Eutetranychus banksi) contribui para a baixa produtividade dos pomares. Desta forma, objetivou-se com esta pesquisa avaliar a toxicidade do óleo fixo de algodão em A. woglumi e E. banksi em campo. Neste estudo, primeiramente determinou-se as concentrações letais (CL) do óleo fixo de algodão a ninfas de 4º instar da mosca-negra em condições de laboratório. Posteriormente, a eficiência da CL₇₅ do óleo fixo de algodão no controle da mosca-negra foi avaliada de outubro de 2023 a abril de 2024 em pomar experimental de laranjeira, localizado no campo experimental da Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Umbaúba, Sergipe. Embora as estimativas de CL conduzidas para a mosca-negra, avaliaram-se também a sua eficiência no controle do ácaro-texano por este ocorrer concomitantemente com a mosca-negra no pomar experimental. O óleo mineral foi utilizado como controle positivo para fins de comparação da eficiência do óleo fixo de algodão no controle da mosca-negra e do ácaro-texano. Os resultados deste estudo demonstraram que o óleo fixo de algodão foi tóxico à mosca-negra em condições de laboratório. Adicionalmente, este óleo foi tão eficaz quanto o óleo mineral na redução das densidades da mosca-negra e do ácaro-texano em campo, mostrando-se uma alternativa para o manejo dessas pragas em pomares de laranjeira do polo citrícola de Sergipe e da Bahia.