Comportamento dos casos novos de tuberculose no estado da Bahia: 2003 a 2022
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2024.127501Palavras-chave:
tuberculose, monitoramento epidemiológico, controle de doenças transmissíveisResumo
A Bahia apresenta alta carga de tuberculose e ocupa a sexta posição no Brasil e a segunda no Nordeste em número de pessoas adoecidas pela doença. O objetivo do presente estudo foi analisar o comportamento dos casos novos e das taxas de incidência e de mortalidade entre 2003 e 2022. Trata-se de estudo ecológico utilizando dados secundários obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação cujas variáveis de interesse foram: sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade, forma clínica, agravos associados e situação de encerramento do caso. As análises estatísticas foram realizadas aplicando o teste qui-quadrado de Pearson, teste t de Student e Mann-Whitney U. Foram diagnosticados 105.188 casos novos de tuberculose por todas as formas clínicas na Bahia e registrados 2.514 óbitos pela doença. O maior número de casos foi em 2003 e o menor em 2020, primeiro ano da COVID-19 no Brasil. O mesmo comportamento foi observado para a taxa de incidência. A maior proporção de casos novos de tuberculose foi observada em pacientes do sexo masculino, na faixa etária entre 20 e 39 anos, pardos, com ensino fundamental incompleto e apresentando a forma pulmonar da doença. Houve associação significativa entre a forma clínica da tuberculose com as variáveis sexo, síndrome da imunodeficiência adquirida, alcoolismo, tabagismo, drogas ilícitas e encerramento do caso. Observou-se que a pandemia pela COVID-19 reduziu o número de casos novos de tuberculose diagnosticados e aumentou a taxa de mortalidade em 2021 e 2022, revertendo os progressos no controle da doença conseguidos até então.
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