Deuses e demônios da ciência
Palavras-chave:
descobertas, divindade, teoria, intuição.Resumo
Durante o período compreendido entre 1665-1666, Isaac Newton elaborou toda sua teoria baseado em observações e em sua elevada capacidade intuitiva, numa época onde os filósofos tinham uma visão de espaço e tempo unida à divindade: os fenômenos físicos eram regidos por Deus, portanto impossíveis de serem explicados pela mente humana. Em contrapartida, Pierre Simon de Laplace (1749-1827), matemático francês, apresentou a Newton a idéia de que, se um “demônio” pudesse adivinhar a exata posição e velocidade de todas as partículas do universo, ele teria como prever o futuro. Dessa forma, a ciência seria suficientemente capaz de desenvolver uma teoria que descrevesse todo o comportamento da natureza e pudesse inferir os seus desdobramentos. Caberia à filosofia, a justificativa racional do porquê de um fato ter essa e não aquela explicação. Com esse pensamento assombrando sua mente, Newton pôde refletir sobre questões de causalidade, que possibilitaram o avanço da matemática e da física, culminado com a criação do Cálculo e as leis da Mecânica e da Óptica. Isso nos proporciona divagar sobre qual linha de pensamento foi trilhada por Newton até chegar às suas descobertas. Assim como Newton, diversos outros cientistas viveram grandes conflitos acerca da visão bilateral existente entre a ciência e o místico, algumas delas resultando em grandes descobertas. Ao longo de um curso inicial de Física Geral e/ou Cálculo I, não são raros os questionamentos dos alunos sobre como os cientistas fizeram suas descobertas e qual o motivo da busca por esses resultados. Em vista disso, a discussão sobre as transformações ocorridas na Ciência, em todo o seu transcorrer, é de extrema importância na formação do professor de Ciências, em particular na do professor de Física.Downloads
Como Citar
Rossi, C. V., Levada, C. L., Maceti, H., & Lautenschleguer, I. J. (2011). Deuses e demônios da ciência. Scientia Plena, 5(6). Recuperado de https://scientiaplena.org.br/sp/article/view/635
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Artigos
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