Potencial contribuição do lodo da estação de tratamento de água (ETA) para a poluição de rios
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2021.101701Palavras-chave:
ecotoxicologia, lodo de tratamento de água, rio PoximResumo
Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar o lodo de uma Estação de Tratamento de Água (ETA) de uma cidade costeira e tropical do nordeste brasileiro. Os parâmetros físico-químicos (cor, pH, turbidez, sólidos totais e sedimentáveis, demanda química de oxigênio e alumínio total), análises microbiológicas (coliformes termotolerantes) e ecotoxicológicas (semente de alface - Lactuca sativa) e do microcrustáceo marinho (Mysidopsis juniae) foram analisados em amostras de lodo do decantador e da água de lavagem dos filtros. Como esperado, o lodo do decantador apresentou maior quantidade de sólidos do que o filtro, mas, apesar disso, a concentração total de sólidos no filtro ultrapassou 86 vezes o limite para ser despejado nos corpos hídricos, segundo as diretrizes brasileiras. Além disso, as concentrações de alumínio estavam acima das diretrizes para água doce (910% - lodo do decantador e 210% - lodo do filtro). Em relação à ecotoxicidade, o lodo de ambos os estágios não afetou a germinação das sementes e ainda promoveu o crescimento de 30 a 60% das radículas. Por outro lado, o lodo do decantador mostrou-se significativamente tóxico para microcrustáceos em concentrações acima de 15%. Considerando que esses lodos podem ser lançados diretamente no rio em zona estuarina, destaca-se seu potencial de toxicidade ao meio aquático e a importância do tratamento adequado antes de sua disposição final.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Isabela Ferreira Batista, Denise Conceição de Gois Santos Michelan, Édipo Paixão Silva Jesus, Jeamylle Nilin
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.