Avaliação da prática da automedicação numa população urbana do Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2016.127501Palavras-chave:
Automedicação, Medicamentos Sem Prescrição, Saúde PúblicaResumo
A automedicação pode trazer sérios danos ao bem estar do indivíduo, uma vez que esta prática pode mascarar a apresentação clínica da doença de base e retardar o seu diagnóstico, já que o tratamento visa somente o alívio dos sintomas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência da automedicação, seus fatores condicionantes, identificar os principais fármacos não prescritos utilizados e os sintomas que motivaram sua utilização pela população urbana da cidade de Frei Paulo-SE. Neste estudo observacional, descritivo e transversal foram entrevistadas 186 pessoas com idade entre 18-80 anos. Na população entrevistada foi observado que 97,30% dos indivíduos praticam a automedicação, e aproximadamente 71% afirmaram não possuir obstáculos para a compra de medicamentos. Os grupos de fármacos mais utilizados foram os analgésicos e antitérmicos (86,74%), seguidos por xaropes antitussígenos (71,27%). Cerca de 10% dos entrevistados relataram uso de antibióticos sem prescrição. Os principais sintomas que levaram ao consumo de tais medicamentos foram cefaleia (83,43%), seguida por sintomas de gripe ou resfriado (76,24%). Por fim, foi observado que 49% das pessoas não possuíam justificativa para esta prática. Desta forma, constatou-se que a prática da automedicação é comum na população deste município, e que muitos dos praticantes não encontraram obstáculos para a compra de fármacos. Assim sendo, é necessário o desenvolvimento de atividades educativas que busquem a conscientização da população envolvida, pois esta é uma prática potencialmente danosa à saúde.
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