Diversidade de invertebrados cavernícolas da Toca da Raposa, Simão Dias, Sergipe: o papel do recurso alimentar e métodos de amostragem
Resumo
Cavernas são ecossistemas caracterizados por uma elevada estabilidade ambiental e pela ausência permanente de luz. Estas características fazem das cavernas locais ideais para a pesquisa ecológica, uma vez que as interações que governam a diversidade de espécies e a estrutura das comunidades em seu interior diferem marcantemente daquelas observadas em outros ecossistemas. Devido à ausência de organismos fotossintetizantes, um dos principais recursos alimentares em cavernas são os depósitos de fezes de morcegos, conhecidos como guano. Apesar da existência de 29 registros de cavernas, a fauna de invertebrados cavernícolas no Estado de Sergipe permanece praticamente desconhecida. Este trabalho teve por objetivo testar se a diversidade de invertebrados em áreas com guano difere das áreas sem a sua influência, utilizando doze armadilhas do tipo “Pitfall” e coletas manuais em uma das principais cavernas do Estado, a Toca da Raposa, localizada no município de Simão Dias. A diversidade de táxons variou entre os métodos de coleta, mas não diferiu entre os dois tratamentos. Entre os táxons amostrados, destaca-se o predomínio de morfoespécies de aranhas, pseudoescorpiões e milípedes, coletados exclusivamente pelo método manual e de formigas, Collembola e Acari, pelo método de pitfall. Tais resultados sugerem que a associação desses dois métodos é de suma importância para se fazer uma amostragem representativa dos locais de caverna. O presente estudo representa o primeiro levantamento qualitativo de invertebrados cavernícolas no Estado de Sergipe.
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